segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CONSTRUIR


Construir
Para construir a natureza
gasta séculos de serviço.
Para destruí-la basta à chispa de fogo.
Para construir a casa, grande turma de
obreiros despende longos dias.
Para destruí-la, basta um só homem de
picareta, no espaço de algumas horas.
Para construir o jarro de legítima porcelana,
o ceramista utiliza tempo enorme de
vigília e preparação.
Para destruí-lo, basta um martelo.
Para construir o avião, primorosa equipe de
técnicos associa prodígios de inteligência,
na ação de conjunto.
Para destruí-lo, um erro de cálculo.
Para construir o depósito de combustíveis,
o homem é constrangido a providêdncias
numerosas, alusivas à edificação
e à preservação.
Para destruí-lo, basta um fósforo aceso.
Para construir a cidade, o povo emprega
anos e anos de sacrifício.
Para destruí-la, basta hoje uma bomba.
Irmãos, sempre que chamados à critica,
respeitemos o esforço nobre dos semelhantes.
Para construir, são necessários amor e
trabalho, estudo e competência, compreensão
e serenidade, disciplina e devotamento.
Para destruir, porém, basta o golpe.
_André Luiz_

ANSEIO DE AMOR


Anseio de Amor
Quando me vi, depois da morte
E reclamei contra a fogueira
Em sublime transporte.
Que me havia calcinado a vida inteira
Pela sede de Amor...
Quando aleguei que fora, em toda a estrada.
Folha ao vento.
Andorinha esmagada
Sob o trator do sofrimento.
Quando exaltei a minha dor
Mágoa de quem amara sempre em vão
Farta de incompreensão...
Alguém chegou junto de mim
E disse assim
Tão cansada e infeliz
Que noticias me dá do vale fundo

De provação.
Onde a criatura de tanto padecer
Não consegue saber.
Se sofre ou não?
Você, que diz a seio morto

Que me pode falar
Dos meninos sem pão e sem conforto
Das mulheres sem lar
Dos enfermos sozinhos
Que a febre e a dor
Esmagam nos caminhos.
Sem sequer um lençol
Ou a benção de uma prece.
Dando graças a Deus
quando a morte aparece?
Você, Maria Dolores
Que afirma ter amado tanto
E que deve ter visto
O sacrifício e o pranto
De quem Clama por Cristo.
Suplicando o carinho que não tem
Que me pode contar daquelas outras dores
Daquelas outras aflições
Dos que choram trancados
Em manicômios e prisões.
Buscando amor, pedindo amor
Exaustos de tristeza e amargura
Como feras na grade
morrendo de secura
De solidão, de angustia
E de saudades.
Bem -querer!...Bem-querer!...
Ai de mim, que nada pude responder!
Que tortura, meu Deus a verdade, no Além!
Calei-me, envergonhada...
Eu apenas queria ser amada
nunca amara ninguém...
Maria Dolores

sábado, 6 de agosto de 2011

NO RUMO DA PAZ...





No rumo da paz



Se você retirar da tristeza que lhe cobre o olhar,
observará que o sol e o Tempo renasceram,
hoje, a fim de que possa refazer-se e recomeçar.
Não se sabe de ninguém que houvesse conseguido
a restauração ou êxito em clima de desencanto.
Sorrir atraindo dedicações e possibilidades ou
mostrar a face agoniada da irritação, suscitando
 adversários ou problemas, dependerá sempre de
você mesmo. Ódio e medo, inveja ou ciúme,
desespero ou ressentimento desajustam a mente,
e a mente desequilibrada envenena o corpo.
Procure ver o melhor dos outros, e dê aos outros
o melhor de você, porque o pessimismo jamais
edifica. Você receberá auxilio e assistência na
medida exata das suas prestações de serviço ao
próximo, recebendo, ainda, por acréscimo,
valiosas bonificações da Providência Divina.
Recordemos que, situar-nos nas dificuldades dos
outros, de modo a senti-las como se fossem nossas,
para auxiliar aos outros, sem exigência ou
compensação, é a maneira mais justa de garantir
a paz. Lembremo-nos sempre de que a criatura
humana, seja qual for a condição em que se
encontre, conquanto as imperfeições ou fraquezas
que ainda carregue, é um anjo em formação,
caindo às vezes para levantar-se e aprender as
lições do Bem, com mais segurança. E, segundo
as leis da evolução, toda a criatura, a fim de
burilar-se, é chamada a esforço máximo,
na qual a dificuldade e o sofrimento estão
incluídos por ingredientes de progresso e
sublimação. Por isto, em quaisquer ocasiões,
seja de alegria ou inquietação, fracasso ou
refazimento, se aspiramos a seguir para as
vanguardas de elevação e felicidade, amor e luz,
só nos resta uma solução: trabalhar.
_André Luiz_

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

AMOR PELA DOR...


APROVEITANDO A INICIATIVA DA AMIGA SONIA



Amor pela dor

Em nome do amor, há crianças desamparadas,
velhinhos sem teto, doentes sitiados em rudes
privações, e almas feridas entre pesadelos e
aflições irremediáveis...
Em nome do amor, há quem abandone o
santuário doméstico, relegando os vínculos
da sua redenção a temporário esquecimento...
Em nome do amor, há quem se confie a
tragédias passionais, investindo contra o
objeto da própria devoção afetiva,
através da delinquência e da morte...
Em nome do amor, há quem provoque separação
e desespero, portas a dentro do lar, convetendo-o
em inferno de lágrimas a quatro paredes...
Em nome do amor, há quem menospreze o próprio
corpo, arrojando-se a despenhadeiros de remorso
e sofrimento, pelo desvão do suicídio...
Em nome do amor, há crianças desamparadas,
velhinhos sem teto, doentes sitiados em rudes
privações, e almas feridas entre pesadelos e
aflições irremediáveis...
Entretanto, semelhantes delitos, em nome da luz
que equilibra o Universo, são perpetrados pela
violência e pelo ciúme, pela cegueira e pela
incompreensão do egoísmo - o apego desvairado
a nós mesmos - , em cuja concha de trevas
habitualmente nos ocultamos, fugindo à
excelsitude do amor genuíno pelo amor de sofrer.
Aceitemos a luta por instrutora de nossa
existência, como quem sabe que nada existe sem preço. Adquiramos o tesouro do amor pelo
aproveitamento da dor.
Recebamos as lições da renúncia e o próprio
sacrifício por jorros de claridade celeste, nas
sombras de nosso "eu", e, aprendendo que mais
vale dar que receber, o amor transformará a face
de nossos destinos, porque tomará nosso coração
por trono de sua glória e, ensinando-nos a entender
e ajudar a todos, fará de nossa vida o santuário resplandecente e sublime da Vontade Justa e Misericordiosa de Deus.

***Emmanuel
***

 

domingo, 31 de julho de 2011

AMANHÃ

Amanhã 
“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.”
Diz o preguiçoso: “amanhã farei”.
Exclama o fraco; “amanhã, terei forças”.
Assevera o delinquente: “amanhã,
regerero-me”.
É imperioso reconhecer, porém, que a
criatura, adiando o esforço pessoal, não
alcançou, ainda, em verdade, a
noção real do tempo.
Quem não aproveita a bênção do dia,
vive distante da glória do século.
Alma sem coragem de avançar cem passos,
não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear,
não consegue prever as conseqüências
da procastinação do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Muita gente aguarda a morte para entrar
numa boa vida, contudo, a lei é clara
quanto à destinação de cada um de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a
que nos propomos.
Se todas as aves possuem asas, nem
todas se ajustam à mesma tarefa,
nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direção do clima
primaveril, mas o corvo, de modo geral,
se consagra, em qualquer tempo,
aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora
surpreenderá amanhã, à frente dos olhos
e em torno do coração.
Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto
deve ser feito a benefício de tua própria
felicidade, porque o Amanhã será muito
agradável e benéfico somente para aquele
que trabalha no bem, que cresce no ideal
superior e que aperfeiçoa, valorosamente,
nas abençoadas horas de Hoje.
***Emmanuel***

quinta-feira, 28 de julho de 2011

MELHORANDO SEMPRE


Melhorando Sempre
Estamos orando a Deus para que não façais
mal algum, não para que simplesmente
pareçamos aprovados, mas para que façais o
bem...Evidentemente, não podes garantir a
felicidade do mundo que se encontra, de
maneira constante, sob o impacto das lutas evolutivas que lhe orientam a marcha, no
entanto, ninguém está impedido de cultivar o
trato de terra em que vive, amparando uma
árvore amiga ou alentando uma flor.
Certo, não podes curar as chamadas chagas
sociais, indesejáveis mas compreensíveis numa coletividade de espíritos imperfeitos quais
somos ainda todos nós, em regime de correção
e aperfeiçoamento, contudo, ninguém está impossibilitado de proceder honestamente e
apoiar os semelhantes com a força moral do
bom exemplo. Sem dúvida, não podes socorrer
a todos os enfermos que choram na Terra,
entretanto, ninguém está proibido de atenuar
a provação de um amigo ou de um vizinho, propiciando-lhe a certeza de que o amor não desapareceu dos caminhos humanos.
Indiscutivelmente, nao podes sanar as
dificuldades totais da família em que nasceste, todavia, ninguém está interditado, no sentido
de ajudar a um parente menos feliz ou cooperar
na tranqüilidade que se deve manter em casa.
Não te afastes da cultura do bem,
sob o pretexto de nada conseguires realizar
contra o domínio das atribulações que
lavram no Planeta.
O Senhor nunca nos solicitou o impossível
e nem nunca exigiu da criatura falível
espetáculos de grandeza compulsória.
Conquanto existam numerosos desertos, a
fonte pequenina corre, confiante, fecundando
a gleba em que transita.
Não nos é facultado corrigir todos os erros e extinguir todas as aflições que campeiam nas
trilhas da existência, mas todos podemos
atravessar o cotidiano, melhorando a vida e dignificando-a, em nós e em torno de nós.

***Emmanuel***

terça-feira, 26 de julho de 2011

COURAÇA DA CARIDADE

COURAÇA DA CARIDADE


"Sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade."
Paulo. (Tessaonicenses, 5:8.)
Paulo foi infinitamente sábio quando aconselhou a couraça
da caridade aos trabalhadores da luz.
Em favor do êxito desejável na missão de amor a que nos propomos,
em companhia do Cristo, antes de tudo é indispensável preservar o coração.
E se não agasalharmos a fonte do sentimento nas vibrações do ardente amor,
servidos por uma compreensão elevada nos círculos da experiência
santificante em que nos debatemos na arena terrestre,
é muito difícil vencer na tarefa que o Senhor nos confia.
A irritação permanente, diante da ignorância, adia as vantagens do ensino benéfico.
A indignação excessiva, perante a fraqueza, extermina os germes frágeis da virtude.
A ira freqüente, no campo da luta, pode multiplicar-nos os inimigos
sem qualquer proveito para a obra a que nos devotamos.
A severidade demasiada, à frente de pessoas ainda estranhas aos benefícios
da disciplina, faz-se acompanhar de efeitos contraproducentes por
escassez de educação do meio em que se manifesta.
Compreendendo, assim, que o cristão se acha num verdadeiro estado de luta,
em que, por vezes, somos defrontados por sugestões da irritação intemperante,
da indignação inoportuna, da ira injustificada ou da severidade destrutiva,
o apóstolo dos gentios receitou-nos a couraça da caridade, por sentinela
defensiva dos órgãos centrais de expressão da vida.
É indispensável armar o coração de infinito entendimento fraterno
para atender ao ministério em que nos empenhamos.
A convicção e o entusiasmo da fé bastam para começar honrosamente,
mas para continuar o serviço, e termina-lo com êxito, ninguém poderá
prescindir da caridade paciente, benigna e invencível.
Emmanuel
“Livro "Fonte Viva"